Saga dos Pergaminhos - Capítulo 6

No último capítulo...
O jovem Neth Buckleaf participou da perseguição ao Monge Rony que estava envolvido no sequestro do Porygon-2 do Professor Tracey e, depois de uma conversa intensa com o monge, caiu em uma armadilha e desmaiou, tendo um novo estranho sonho. A situação que já estava estranha pareceu piorar quando acordou e deu de cara com a já conhecida Enfermeira Jolyeta.
Tenha uma boa leitura!

Era de tarde quando as vozes de pokémon se divertindo começaram a ecoar de um antigo ginásio da cidade de Cianwood. O lugar que antes era abrigo de enormes e musculosos lutadores, agora servia de casa para os mais fracos para a vida selvagem.
Mas eles não estavam sozinhos. Não, nem de longe poderia se afirmar isso, visto que todo dia por algumas horas eles tinham a companhia de uma garota.

Jolyeta: Pompa, se apoie de ponta-cabeça e gire como um Hitmontop! - A menina pediu para a Aipom que não tinha dois dedos da mão-cauda. - Xatu Bico-Quebrado, use seu Sing para combinar com a dança dele. - Dirigiu o pedido para o Xatu de bico superior quebrado.

Pompa pulou nas costas de Nara, a Spinarak que não tinha o característico rosto presente nas costas da espécie, usando-a de plataforma para dar um segundo salto e tomar impulso para cima. Depois de atingir certa altura, começou a cair girando a cauda como uma hélice de helicóptero, chegando ao chão girando feito um dançarino.

Jolyeta: Está cada vez melhor, Pompa!

O Xatu ergueu voo e pousou atrás de Pompa, abrindo as asas e usando o Sing. A música desafinada era no ritmo de A Dona Ariados.

Jolyeta: Agora vamos... - Seu corpo travou e uma única voz passou a ecoar em sua mente.

"Pegue a Flauta Dourada, Joly! A mamãe ta pedindo!"

Jolyeta: Ahm... Ta bem, Jonny. - E então se virou, caminhando em direção à mochila.

Depois tudo se passou em flashs, como se ela fosse só uma espectadora numa sala de cinema assistindo o que seu corpo fazia. A enfermeira pegou a flauta e em um piscar de olhos estava entregando o objeto para um monge que nunca tinha visto. Outro piscar de olhos e o Wigglytuff do monge disparava seu ataque contra um treinador que tinha interrompido tudo.
O vento proporcionado pela força do Hyper Beam fez Jolyeta ser projetada para trás, caindo de bunda no chão.
A visão da menina ficou turva e enquanto estava tudo embaçado ela assistiu o monge fugindo com seu pokémon-rosa e com a flauta na mão. E foi aí que finalmente voltou para o controle do seu próprio corpo.

Jolyeta: O que foi que eu fiz...? - Lágrimas encheram os olhos da enfermeira antes que ela começasse a chorar.

O som do ataque acabou chamando a atenção de Xatu Bico-Quebrado e da Aipom Pompa, estes que correram para onde a treinadora estava. 

- Aipa?! Apa! Apa! - Gritava enquanto saltitava ao redor da treinadora, preocupadíssima.

Jolyeta: Eu tô bem, Pompa. Me ajudem a ver o garoto, por favor.

- Zuruaaaaatu! - Os olhos de Xatu brilharam e o corpo de Jolyeta flutuou antes de ser posta de pé no chão. A voz do pássaro saia diferente dos de sua espécie graças ao bico quebrado.

Jolyeta correu até o treinador e quando chegou perto estranhou o fato de que não havia gotas de sangue ou qualquer ferimento no menino. Ao invés disso, ele estava coberto e rodeado de folhas.

Jolyeta: Vocês ajudaram ele...? - Perguntou, olhando para seus amigos pokemon, que negaram com a cabeça. Não se lembrava de nenhum deles conhecer ataques do tipo planta. — Ta... Me ajudem a levanta-lo.

A menina pegou na mão do desmaiado e iria puxa-lo, mas sua visão escureceu e em seguida se viu passando em alta velocidade por uma floresta. Galhos batiam em seu rosto e seu corpo passava por dentro de arbustos, mas ela não sentia dor. A floresta não parecia acabar, vários pokémon olhavam admirados para ela durante a trajetória e, somente depois de muito tempo, a corrida pela floresta parou.
A menina olhou em volta e deduziu estar em uma clareira. Uma clareira iluminada por um fraco feixe de luz e olhando mais um pouco ela achou, ao fundo, uma pequena caixa de pássaros de pedras cheia de musgo.

O sonho acabou e Jolyeta acordou bocejando, como se tivesse tido uma longa noite de sono. Já estava amanhecendo e isso era nítido pela fraca luz do sol que invadia o quarto em que ela estava.

Jolyeta: Onde... Onde eu to? - Seus olhos foram lançados para o teto e de cara conseguiu reconhecer a característica estampa de pokebola do Centro Pokémon. — Xatu, o que tu fez?! Não posso estar aqui-iiIiIiii!!! - E no fim da frase olhou para o lado, dando de cara com o menino do Hyper Beam, acabando por prolongar demais a última palavra.

Xatu e Pompa gargalhavam de rir da janela do quarto no Centro Pokémon. O treinador se remexeu na cama e instantaneamente os dois pokémon saíram pela janela ao mesmo tempo em que Jolyeta se jogou de baixo da cama.

Menino: Droga de sol... - Ele resmungou enquanto ainda estava na cama.

E isso durou por cinco segundos antes que ele pulasse da cama aos berros tirando a camisa e olhando para a própria barriga. Jolyeta tapou a boca pra evitar os risos.

Menino: Santo Ho-Oh! - Falou em meio a um suspiro de alívio. — Que sonho maluco! - Continuou enquanto passava as mãos no rosto.

Joy: Senhor Blukleaf? - Uma voz preocupada ecoou no corredor enquanto a porta recebia batidas. — Está tudo bem?

Menino: Ahm... - Ele se vira para o espelho do quarto. — Tá, Joy.

Depois disso, o menino tirou o pijama e colocou suas roupas de jornada, Jolyeta fechou os olhos e se virou para a parede, evitando assistir qualquer coisa. A porta se abriu e depois se fechou, indicando a saída dele.
Jolyeta esperou dois minutos e saiu de baixo da cama.

Jolyeta: Achei que tava ficando louca quando sonhei que entreguei a Flauta Dourada... Ainda bem que não estou... - Sorriu, aliviada. — Ai meu pai, eu entreguei a Flauta Dourada!!!! - Quase que explodiu de tão vermelha que ficou.

E foi aí que a maçaneta da porta do quarto girou, as enfermeiras limpavam o quarto depois que o hospede o desocupava e Jolyeta tinha esquecido totalmente.

???: Serviço de quarto, Joy em trabalho! - Uma voz masculina falou enquanto empurrava o carrinho com produtos de limpeza. — O que acha, Lil'pup, fui bem?

— Poup, poup! - Um cachorrinho felpudo latiu em afirmação enquanto entrava no quarto todo animado. As pontas da pelagem em seu rosto eram pintadas em roxo e preto.

Assim que a porta se fechou atrás do Joy, ele e Jolyeta se viram ao mesmo tempo. Travando os olhares um no outro.

— Po...up? - O Lillipup virou a cabeça de lado, confuso.

Joy: Joly? Hoje não é seu dia de limpar quartos, o que tá fazendo aqui? - O garoto disse, a cabeça estava inclinada para o lado do mesmo jeito que Lillipup. — Ainda mais seu penteado de Joy!

Jolyeta: Eu tava... Vendo o quão bonito é o quarto, Jonny. - Ela sorri.

Jonny e Jolyeta eram irmãos, irmãos gêmeos, e o menino era o primeiro a nascer naquele sexo depois de dez gerações, era uma raridade em pessoa.

Jonny: Eu sei quando tú ta mentindo. Quer dizer, o Lil'pup sabe, e eu só sigo os sinais dele. - Ele ri, olhando para os pelos nas costas do cachorro que estavam arrepiados.

Jolyeta: Ahm... Ta. - Ela suspira. — Eupegueiaflautadouradaedeiparaummonge. - Joly parecia um rapper cantando de tão rápido que tinha falado.

Jonny: Você o que?! - O menino gritou, soltando da mão o rodo que segurava.

Jolyeta: Olha, calma, eu não tive culpa, okay? FoiumWigglytuffquemehipnotizou... - Murmurou, toda nervosa. — E eu tive um sonho estranho depois, viumacasinhanaflorestacomumsinoeeramuitoestranho.

Jonny: Joly, senta e respira.

Jonny se aproxima da irmã e a abraça de lado, sentando com ela na cama. Toda a história sobre o dia passado é contado e quanto pior ficava, mais engraçadas eram as caras de indignação que o menino fazia.

Jolyeta: E agora eu quero saber como aquele menino não levou nada do Hyper Beam!

Jonny: Gostei da parte que você tem a visão na floresta, acho que foi o clímax! - Os olhos dele brilhavam. — Um dia seremos nós, né, Lil'pup?

— Pooouuuup!!! - O pequeno deu um uivo de felicidade.

A mão de Jolyeta se ergueu e em seguida Jonny levou um tapa na nuca, quase que indo de cara no chão.

Jonny: Ei! Isso machuca, idiota! - Reclamou enquanto coçava a nuca vermelha.

Jolyeta: Isso é sério, tapado! Preciso de ajuda.

Jonny: Por que não vai atrás do moleque? Ele deve ter respostas. - Resmungou. — Vai no porto, todo treinador só sai da cidade se vencer a Marissa, lembra?

Os olhos de Jolyeta se arregalaram e ela sorriu, abraçando o irmão e falando vários "Te amo".
A menina arrumou uma pequena mochila rosa com orelhas de Clefairy e saiu do Centro Pokémon pela janela, afinal, não podia ser vista.
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Neth: E você não me achou no porto? - O treinador perguntou.

Neth e Jolyeta estavam sentados na grama da rota, o menino estava desconfiado dos atos dela e pediu explicações, recebendo em troca toda a história desde o dia da flauta.

Jolyeta: Achei, inclusive pegamos o mesmo navio. - Suspirou.

Estavam todos os passageiros saindo do navio, finalmente tinham chegado em Goldenrod. Jolyeta vestiu um casaco preto para evitar ser reconhecida por outras Joy's e saiu do quarto, sendo empurrada sem querer por um treinador que passava.

Jolyeta: Olha por onde anda! - Reclamou, mas foi ignorada. — Mal educado.

A lembrança de Jolyeta se desfez e então Neth se fez de desentendido, se lembrava de ter esbarrado em alguém quando saia do navio e de ter ignorado sua reclamação, mas não iria assumir que era ele.

Neth: Olha, pelo que entendi você quer saber da flauta e das... Folhas que me cobriam, né?

Jolyeta: Isso! Exatamente, pode me falar? - Os olhos dele brilhavam.

Neth: Eu não... Não sei nada sobre os monges, nem da flauta e... Muito menos desse negócio de folhas, tem certeza que tinham folhas em mim? - Respondeu enquanto se levantava, confuso.

Jolyeta se levantou também e suspirou antes de caminhar até o buraco em que Neth tinha caído depois da conversa com o monge Rony.

Jolyeta: É tão difícil acreditar? - E apontou para o buraco.

Neth se aproximou do buraco e semicerrou os olhos ao ver várias folhas aonde ele estava caído, só sendo possível saber essa última informação graças ao formato perfeito de onde o corpo dele estava.

Neth: Que droga é essa...? - Engoliu em seco logo em seguida.

Jolyeta: Você quem deveria saber. Não é normal ser coberto de folhas sempre que é atacado.

Os arbustos próximos começaram a se remexer e, antes que qualquer um dos dois treinadores tivessem uma reação, de dentro deles saiu um cachorro cor creme com a cauda de pincel. Neth reconheceu ele de primeiro e arregalou os olhos.

Neth: O Smeargle do Senhor S!

4 comentários:

  1. Saga dos pergaminhos, que saudades dessa história que denúncia os maiores problemas da atualizadade <3 No capítulo de hoje continuamos com "Joyleta aparece", clássico titulo de video porno, certamente as joyletas estarão molhadas no fim desse cap
    Pokes deficientes mostrando que saga dos pergaminhos é inclusiva <3 amei
    Gente, essa família é mto loka, o Jonny é um filé rsrsrs fanservice pro publico iniciar as fanfics de shipp, do tipo Jonneth, Jonnyeta (incesto mesmo), Jonnhor S, etc...
    O lance de sonhos dá um bom mistério pra fanfic, estou confuso com eles, quero entendê-los logo aaaa tô ansioso pro plot continuar avançando, essa personagem que eu achava que seria tão a toa ou só de piada pelo nome ser Jolyeta, mas na verdade é bem mais do que isso
    ótimo cap ramones, continue <3

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  2. ah e mds ramon vc é ótimo com montagens viu, eu tenho preguiça e vc fez um cap com varias kkkkkk

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  3. Capítulo bem misterioso :o
    Primeiramente que bom que voltou a postar, tinha saudades da sua história, ou "lixo" como você chamou la no grupo... se seu lixo é assim eu vou querer ser coberta por ele, okay?
    Enfim, sobre o capítulo em si, cresce o mistério sobre o que realmente aconteceu, eles estavam naquela floresta, depois já não estavam, mas afinal estiveram mesmo... o que ta havendo? To ficando louca de curiosidade para saber o que ta acontecendo nesse mundo...
    Talvez tenha algo a ver com Celebi e viagens no tempo... maybe...?
    Gostei bastante do detalhes dos Pokémon deficientes, achei um belo diferencial assim como Joyletta estar numa onda mais de coordenação do que enfermagem como as clones...
    A cena do quarto me deu para rir, ficou muito engraçado xD
    Também gostei do Jonny e Lillipup com pelo roxo, ficou bem fofo. E ter um garoto Joy achei divertido você as usando para contar uma história.
    Enfim, espero que não desista dessa história, ela está muito legal e merece ser partilhada.
    Continuaaa

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    Respostas
    1. Okay, vou juntar um pouco desse lixo e costurar uma coberta pra ti kkskdjsksk
      Acho que a montanha de mistérios ta pra acabar e o que vai restar é a solução pra cada um deles (que é a parte que eu mais to amando escrever). E você tocou em algo que vou tentar aplicar muito nessa fic: Tirar os personagens de seus papéis base, como a Jolyeta que ta fugindo do cargo de enfermeira e o Jonny que é o primeiro enfermeiro a nascer na família depois de dez gerações.

      Vou fazer de tudo para terminar pelo menos a primeira temporada esse semestre, #fé. Obrigado pelo comentário 💞

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